Parece que a Presidente será afastada. Ter-se-á a possibilidade de um novo tempo, depois de  13 anos de desacertos ( governos que nunca formularam um projeto para o País), intervenções descabidas na economia, aparelhamento do Estado, apoio a um projeto de poder que se sustentava na corrupção. O único benefício foi o assistencialismo, sem um projeto consistente para sair dele.

Muitas pessoas dizem que o Brasil se  encontra numa situação deplorável ( o que é verdade) e que a recuperação é dificílima. Mas o nosso país é crack em desmentir economistas e experts nesses tipos de análises. Para mim, basta   que seja  recuperada  a credibilidade para os investimentos externos voltarem. Existe alta  liquidez no mundo e o Brasil apresenta excelentes oportunidades para investir. A economia começaria a reagir, os empregos e renda seriam recuperados, o consumo aumentaria e a consequente arrecadação de tributos. Por outro lado, é claro que é necessário o mínimo de planejamento: não basta dizer que vão ser feitas  concessões, privatização de estatais, corte de despesas, desaparelhamento do Estado, etc. É preciso colocar no papel todas estas ações. O tradicional: O quê, quem vai fazer, quando vai fazer. O tempo é curto. Se  for um fracasso, a Presidente retornará em 180 dias ou antes. Voltaremos à estaca a zero. Então, fica decretado que é proibido errar.

Já fui mais otimista. Falou-se inicialmente na redução de ministérios, limitando-se ao máximo de 20. Agora já ouvi falar em 27, para acomodar aliados. É a  prática de sempre. Alguns nomes  eventados para ministros não me inspiram confiança. Para o Planejamento teria que ser uma pessoa de alta qualificação e com status para propor o que deve ser feito, de forma global e a curto prazo. Não uma pessoa para ocupar o posto e continuar propondo ações casuísticas e experimentais. O novo governo terá que tomar ações impactantes a fim de reverter expectativas pessimistas. Inclusive, para influenciar agências de riscos que estão de prontidão para rebaixar ainda mais as notas do País.

TOMARA QUE SEJAMOS SURPREENDIDOS POSITIVAMENTE: QUE AS ESPECULAÇÕES FEITAS   ATÉ AGORA SOBRE ALGUNS NOMES PARA O PRIMEIRO ESCALÃO  NÃO PASSEM MESMO DE ESPECULAÇÕES.