Não morrerão se comerem do fruto proibido, disse o Diabo, o Sedutor, camuflado de
serpente. Pelo contrário, serão iguais a Deus. A soberba subiu à cabeça dos nossos pais
e desobedeceram. Por isso, carregamos esse defeito moral como traço humano. É
claro que Deus poderia ter passado um borracha naquela traição e os mantido no
paraíso terrestre. Porém, pensou numa solução arrebatadora, pois ama de verdade as
suas criaturas, ou seja, possibilitar-nos o paraíso celeste onde viveríamos em Sua
companhia. Assim, desde os tempos remotos vinha prometendo o envio do messias
para nos resgatar. Deus, Espírito perfeitíssimo, não sofre, não tem fome, não dorme.
Como, então, avaliar o nosso vale de lagrimas? A solução foi enviar o seu filho, com
alma divina e corpo humano, capaz de viver a nossa realidade, em tudo, exceto o
pecado. Pregou o amor e a solidareidade como requisitos para merecermos a graça da
salvação. Foi vítima da inveja dos poderosos e martirizado. No seu sofrimento, assumiu
todas as nossas culpas e nos resgatou. Pela obediência de um só, destruiu-se o velho
Adão, apagando a nossa culpa.
Desde sempre, a humanidade vem pisando na bola, mas analisemos o nosso tempo.
Um País dito cristão passa a ignorar os divinos ensinamentos, prova da persistência do
estigma adâmico, e o materialismo cresce. Nos últimos 20 anos, implantou-se um dos
períodos mais sombrios da nossa história. Sob a égide do social, as classes mais
vulneráveis foram engambeladas com migalhas e mantidas na ignorância, como massa
de manobra. Poderosos grupos econômicos foram privilegiados e se fortaleceram com
enorme concentração de renda, o que deu amparo político/financeiro a um projeto de
poder engendrado pelos principais ideólogos. Para captar os recursos necessários à
operação do projeto, implantou-se a pilhagem. De quebra, as pessoas envolvidas
aproveitaram-se dos despojos. Para angariar prestígio, financiaram-se países alinhados
com a mesma ideologia, v.g. Venezuela e Cuba.
Julgo que o ateu e gramscista FHC deu início ao projeto, entre outros, ampliando a
corrupção, que sempre existiu, com a compra da reeleição. Felizmente, Dilma
Rousseff, pela sua atuação desastrada, deu azo à interrupção do processo, que nada
tem de social e, sim, de marxista. Graças a Deus, temos a esperança de um recomeço.
Porém, é preciso vigilância para neutralizar as forças que se insurgirem. Os atores
anteriores são incapazes de fazer um mea culpa. A Seita nunca erra! Luta e torce pelo
fracasso: quanto pior, melhor.