Defende-se a ideia de que não se deve ligar a TV e ler determinados jornais para exorcizar o pessimismo no país. De fato, a maioria das mídias deveria honestamente limitar-se aos fatos, à verdade. Como constatamos hoje a manipulação de notícias, a postura correta é ignorá-las e buscar a realidade. Assim procedendo, como num passe de mágica, tudo melhora.

A índole humana já tem o viés de destilar o pessimismo e a desgraça; essa tendência fica mais cristalizada quando há interesses subalternos. A outrora grande mídia, constituída de grandes jornais e poderosas redes de TV, mas hoje decadente, sem a publicidade estatal, procura distorcer os fatos, de forma a dar a impressão que estamos caminhando para o caos. Os militantes de uma ideologia bem conhecida, infiltrada na mídia, e oportunistas constituem o movimento que visa ao “quanto pior, melhor” para assumir o poder.

Estou seguindo a sugestão antes mencionada. Há três anos não ligo a TV. Aboli a leitura dos principais jornais. Há uma sensação de liberdade não ter que me sujeitar a opiniões viciadas e propositalmente deletérias. Como ainda fico ligado aos acontecimentos? Ainda navego em um site de notícias; só pelas manchetes constato a prática recorrente que expus acima. Tenho também o LinkedIn e Whatsapp. Apesar de o LinkedIn ser uma mídia dedicada a negócios e profissões, muita gente ainda faz postagens de lixos manipulados e ideológicos. Uma pena! Pelo Whatsapp, recebo também muito desses lixos, mas aí tenho o privilégio de apagar, sem ler ou ouvir, dependendo o jeitão da matéria. Com esses cuidados, sobra tempo para leituras que promovem o crescimento espiritual, como a Filoteia e o Tratado do Amor de Deus, de são Francisco de Sales, e o Diário de Santa Maria Faustina Kowalska, a santa polonesa, que estudo atualmente.

Julgo que a questão central de tudo que ocorre no momento é a ditadura da minoria. Com orientação ideológica, tenta-se implodir a nossa maneira de viver, relativizando tudo e privilegiando o materialismo. Isso é alarmante pois a maioria, entregue aos seus múltiplos afazeres, não reage à altura. Martin Luther King alertou para isso: “O que me assusta não são os gritos da minoria, mas a indiferença e o silêncio da maioria”

Publicado na revista Viver Brasil, edição digital, nº 250