Sentimento de menos valia
O Brasil segue sendo a 7ª economia do mundo. Todavia, alguns dos nossos indicadores como IDH (79º), teste do Pisa (55º em leitura), qualidade de internet (90ª), por exemplo, deixam muito a desejar. Ainda assim, seria de se supor que pessoas de países com os quais mantemos maior intercâmbio conhecessem um pouco mais de nossas coisas. Ao contrário, são desinformadas. Há alguns anos, isto era compreensível. Quando fiz pós-graduação na Noruega, era questionado sobre matança de índios, favelas, pobreza. Aqui era a terra do futebol e Carnaval, disso sabiam. Tinha que levar numa boa. Lá estava como subdesenvolvido, bolsista de uma agência norueguesa dedicada ao desenvolvimento internacional. Algum tempo depois, já na UFMG, como coordenador da pós-graduação em metalurgia, apresentamos projeto à ONU para ter um expert sueco em processos especiais de fabricação de aço. Selecionamos o especialista entre 3 que se candidataram e tivemos todo o cuidado de informar o estágio em que se encontrava o nosso programa. Já tínhamos o mestrado funcionando há bem tempo, inclusive com a produção de muitas teses e artigos publicados, e os docentes eram, na sua maioria, portadores do título de Ph.D, obtidos em vários países. Parece que a pessoa não acreditou no nosso relato. As aulas que começou a ministrar se referiam a conceitos básicos de termodinâmica, os quais eram dominados pelos mestrandos desde o curso de graduação. Tive que paralisar...
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