Sustentabilidade: por que não deslancha
Após uma palestra, fui perguntado sobre a razão pela qual a sustentabilidade não sai do papel, apesar de grandes discussões como as Conferências da ONU, Estocolmo 1972, Rio ECO-92 e Rio+20. Na década de 80, a ONU nomeou a ex- primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Bruntland, que produziu o Relatório denominado “Nosso Futuro Comum”, concluindo que o desenvolvimento deve ”satisfazer as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir as suas próprias necessidades”. Hoje há a consciência de que a sustentabilidade envolve questões sociais, energéticas e ambientais. A questão é complexa. Países ricos cresceram materialmente utilizado de forma desregrada recursos naturais, devastando, degradando e poluindo. Agora relutam em baixar o nível de seu “bem estar” para cuidar dos passivos existentes. Países pobres, principalmente os emergentes, tentam desenvolver-se com a adoção de práticas semelhantes, pois é oneroso cuidar dos temas atinentes à sustentabilidade. Daí, o impasse. Entendo que, sem o consenso, o motor para a mudança deve ser o cidadão. E isto se daria por meio da educação. Não me refiro à instrução, pois há muita gente instruída, da classe privilegiada, mal educada. No bairro de classe média alta em que moro motoristas avançam sinais de trânsito e buzinam insistentemente atrás de quem está mantendo o limite de velocidade; síndicos determinam a limpeza de passeios de pedras portuguesas, gastando água potável, energia elétrica e trabalho humano, além...
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