Autor: Godoy

Honestidade na Inglaterra

Choque de valores viveu, na Inglaterra entre 2009 e 2010, o meu filho Rodrigo Godoy, quando cursava uma pós-graduação. Além da experiência acadêmica, a vivência cultural em uma sociedade mais avançada foi muito benéfica e um reforço para as convicções dele. Cito um destes choques de valores culturais benéficos: ao sair de um táxi, ele acabou deixando seu telefone celular no veículo. Como bom brasileiro, ligou para o próprio aparelho e, sem resposta, deu o telefone como perdido. No dia seguinte, chega aqui ao Brasil um SMS do taxista – endereçado ao número da Maria Helena, o último discado pelo Rodrigo – dizendo que “seu amigo deixou o celular no meu táxi”.   Maria Helena e Raquel Godoy, mãe e irmã do Rodrigo, respectivamente, responderam, dizendo que estavam no Brasil e que o Rodrigo entraria em contato com ele. Discutiram antes como deveria ser a forma  de reconhecimento por tal gentileza do taxista. Concordaram que poderia presenteá-lo com uma camisa da seleção brasileira. O Rodrigo contatou com o taxista e, meio receoso, foi ao encontro dele. Lá estava o cidadão  com o telefone. Ao receber a camisa da seleção,   ele ficou meio  desconcertado  como se não fosse devida aquele presente. Um contraponto: recentemente, o mesmo Rodrigo me relatou o seguinte caso: ele e esposa passaram uns dias no Rio de Janeiro e lá tomaram táxis comuns da cidade. Certa...

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Teste de honestidade no Paraná

Coincidentemente, após eu escrever o artigo “que Renasça a Esperança”, em que menciono a minha passagem pela Noruega, tomo conhecimento de uma experiência que está sendo realizada no Paraná. A ideia foi de um professor de Engenharia, inspirada no período em que ele viveu na Noruega. Foi um choque de culturas. “Lá, eles deixavam os produtos na rua, as roupas, as frutas. A pessoa pegava a fruta na banca e entrava no comércio para pagar. Se quisesse pegar a fruta e ir embora, podia”, lembra André Luís Shiguemoto, professor que coordena o projeto. De volta ao Brasil, o professor foi atrás de patrocínio e montou o projeto na UTFPR- Universidade Tecnológica Federal de Cornélio Procópio, norte do Estado. A faculdade está usando picolés para testar honestidade. No corredor da entrada principal do campus, um freezer lotado de picolés. Custa R$ 2,00/cada. Não há vendedor nem câmera vigiando. É só pegar e depositar o dinheiro na urna ao lado. O gesto esperado numa cena corriqueira virou teste de confiança. É a revelação do caráter, uma prova de honestidade. “Você agir ilegal, você passar para trás é uma coisa que não pode, é uma coisa errada”, diz um estudante. Sempre que termina o estoque, o pessoal conta o dinheiro para saber como foi o movimento. O balanço é público e fica exposto num mural. Em um mês, foram retirados 2.400 sorvetes...

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