O ser humano normalmente é resistente a mudanças. O contrário foi constatado neste momento em que as escolas foram fechadas para proteger dirigentes, educadores, funcionários e alunos contra a pandemia. Necessário seria promover o ensino remotamente, pois o isolamento social pode durar muito. Pensou-se que haveria resistência a esta metodologia de ensino. Porém, constatamos um grande interesse na capacitação dos dirigentes e professores para trabalhar à distância, a fim de que os alunos não ficassem sem aprender.

Da nossa parte, disponibilizamos a Plataforma FDG Ensina, de forma aberta e gratuita, a todos os interessados. Esta Plataforma difunde conceitos gerenciais para melhorar resultados pedagógicos; além disso, incluímos sugestões para facilitar o ensino em casa a pais e estudantes. Foi enorme a adesão e a utilização, continuando o crescimento diário de downloads e cadastramento de usuários. Também, tomamos a iniciativa de divulgar canais e como utilizá-los para transmissão de aulas ao vivo e gravadas e, ainda, várias ferramentas para produzir aulas atrativas. Isso foi feito por meio de 2 webinars, com intervalo de 2 semanas. Foi emocionante a participação de milhares educadores nesses eventos durante as transmissões. Além disso, milhares de pessoas continuam recorrendo ao material divulgado, o que pode ser constado no canal Youtube da FDG. A interação continua, com elogios aos milhares pela iniciativa de auxiliar os docentes, principalmente, para a viabilização do ensino remoto. Eles apresentam pedidos e sugestões para os próximos eventos, enviam aulas gravadas, demonstrando o emprego de metodologias e ferramentas difundidas. E o trabalho não para. Já estão programadas mais 3 webinars em temas complementares, tais como estratégias e ferramentas para o engajamento dos alunos no ensino remoto.

Qual a lição que se tira dessa experiência? Não podemos ficar imobilizados devido a comportamentos observados no passado. Poderíamos pensar: não vamos fazer isso, haverá resistências, vai ser trabalhoso, vamos perder tempo, os resultados serão pífios. No nosso caso, envolveríamos recursos, 14 consultores na produção de conteúdos, a administração na divulgação dos eventos, na alimentação das mídias, nas inscrições, em feedbacks, etc. Teríamos resultados? Possível frustração?! Vamos nos omitir? É claro que, em termos de inovação, tudo é risco. A lição é enfrentar desafios, fazer o melhor, com entusiasmo. A Providência Divina aplaina as veredas naquilo que se faz com amor ao próximo. Com isso, julgo que caminhamos celeremente para a Educação 4.0. Depois da pandemia, o status não será o mesmo. Haverá riqueza de estratégias e ferramentas para melhoraria do ensino.

PUBLICADO NA REVISTA VIVER BRASIL, EDIÇÃO 333, DIGITAL