Muito se argumenta sobre a necessidade de mais recursos financeiros  para a Educação.  Ninguém é contra, desde que  cheguem ao destino e sejam aplicados de maneira correta. Para ter professores capacitados, bem remunerados, salas de aulas com condições didáticas mínimas, tais recursos  são  indispensáveis. Porém, um item crucial que não depende tanto de recursos é a gestão para melhoria dos resultados. Já relatei o casode um governador que, durante todo o primeiro mandato,  investiu pesadamente nos meios, como melhoria física das escolas, aparelhos de ar condicionado, destinação de um laptop para cada professor, atualização de bibliotecas, entre outros, sem que o IDEB tivesse qualquer modificação, continuando o Estado  entre os últimos do País. Os resultados só melhoraram quando, no segundo mandato,  implementou-se a GIDE-Gestão Integrada da Educação, um robusto sistema de gestão para combater as reais causas que contribuíam para a lamentável posição no ranking dos Estados.  Foi possível, então, conquistar  seguidas melhores posições.

Como explicar as conquistas de municípios mineiros, como Presidente Bernardes, Aricanduva, Japaraíba, Queluzito, Tocos do Moji, Dom Viçoso, Casa Grande, Pedro Teixeira, Pedra do Indaiá, que  não são tão pujantes em termos de arrecadação, e que não possuem, como regra geral,  condições materiais diferenciadas na condução do ensino? A resposta é simples: são diferenciadas as lideranças, o comprometimento, a busca do atingimento das metas propostas pelo MEC. É claro que a gestão para resultados está norteando a condução das atividades, mesmo que intuitivamente. 

Hoje,  os conceitos de gestão bem são difundidos. A GIDE da FDG-Fundação de Desenvolvimento Gerencial tem sido divulgada intensamente. Só não a aplica quem está desavisado ou ainda crê em estratégias recorrentes. É claro: quem faz  as mesmas coisas obtém sempre os mesmos resultados. Em termo de País, o  Distrito Federal tem o maior PIB per capita; no entanto, ocupa o 5º. lugar  no IDEB. É a prova de que não  há correlação entre disponibilidade de recursos e resultados. 

Tenho plena convicção de que o Programa de Cooperação entre a Secretaria da Educação de MG e a FDG, para apoio a 1025 escolas do ensino fundamental, produzirá resultados muito expressivos. Dirigentes e educadores estão aplicando os conceitos de gestão de forma metódica e persistente: os depoimentos são impressionantes. Podem ser vistos no LinkedIn, site www.fdg.org.br ou Instagram da FDG. Mesmo na pandemia o ensino à distância vem sendo conduzido com grande empenho e desenvoltura. Gestão é e sempre será a bola da vez! 

PUBLICADO NA REVISTA VIVER BRASIL, EDIÇÃO DIGITAL, No. 338