O cristão católico não pode ser muro, isentão. São Paulo em carta a Timóteo, diz o seguinte: …. “Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e sobriedade”. Ora, há sacerdotes que dizem que a igreja Católica não tem partidos, que não pode indicar candidatos. Correto! Mas tem valores sagrados. Para simplificar, basta pensar nos 10 mandamentos ditados por Deus a Moisés, no monte Sinai. Vejamos: Amarás o Senhor teu Deus com todas as suas forças e entendimento. É possível apoiar alguém que defenda o materialismo? Não matarás! É possível apoiar quem seja favorável ao aborto? Não furtarás! É possível o apoio a quem se apropria de recursos tão indispensáveis às áreas da saúde, da educação, da segurança? É possível apoiar alguém que desclassifica a missão dos sacerdotes ordenados na continuidade do que foi atribuído aos apóstolos por Jesus? A lei é clara, como diria o Arnaldo. Não comporta tergiversação.

Na verdade, houve muitos sacerdotes que se pronunciaram e firmaram posição. Outros, escudados na assertiva de que a igreja não tem partidos, omitiram-se. “Afinal de contas, estamos num tempo em que muitos estão dispostos a fazer concessões ao mundo, a adaptar o cristianismo a uma espécie de comodidade burguesa, a um Jesuzinho que não faz mal a ninguém nem exige de mim nenhuma mudança. Afinal, Jesus é tão bonzinho, não é verdade?” (Pe. Paulo Ricardo, homilia de 04/10).

Os que se silenciam acabam dando a entender que não é necessário tomar uma posição firme. A omissão corrobora os contravalores. A igreja apoiou os sandinistas na Nicarágua; agora os religiosos estão sofrendo perseguições e sendo expulsos do país. Aqueles que acham que ir à missa aos domingos é o suficiente estão equivocados. Vão à missa e depois se compõem com o mundo, para serem aceitos nos grupos em que convivem. A busca do Reino de Deus exige radicalidade, não há concessões, meios termos. “O Reino dos céus é arrebatado à força e são os violentos que o conquistam” (Mt 11, 12). Há políticos que se elegem com a bandeira de cristãos, de defensores dos valores expressos na Palavra do Santo Evangelho. Depois, no Parlamento, comportam-se como laicos. É traição e covardia. Mas serão vomitados, assim como os isentões.