Neste País o interesse coletivo não prevalece. Há políticos que a trabalham basicamente pensando nas suas reeleições. Projetos de maior envergadura, para o benefício da nação, muitas vezes impopulares, nunca são priorizados. Além disso, durante anos, funcionou o nós e eles, o fomento da divisão de cunho ideológico e oportunista.  Ao nós se juntou agora o grupo dos que tiveram os privilégios suprimidos. Este grupão é contra tudo; se o governo fala A, eles falam B, C, D, e assim por diante. Assim, as ideias e propósitos do Ministro Paulo Guedes são legítimos, os fundamentos são corretos, mas como transformar tudo isto em realidade? A redução do tamanho do Estado permanece como objetivo do Ministro. A redução da taxa de juros e controle da inflação sempre foram reivindicados pela sociedade, principalmente por órgãos de classe e empresários. E o que temos agora? Críticos de plantão, metidos a especialistas, que afirmam que o Ministro ainda não mostrou a que veio. É como o se o Executivo tivesse o poder absoluto de realizar todos os seus projetos. Rodrigo Maia engavetou a maioria das propostas do governo. O STF se mete a legislar. Por meio de conhecidos ministros militantes de oposição, determinou a submissão das privatizações ao Congresso, p.ex., o que significa: vamos sustar a iniciativa. O Secretário especial que tentou realizar as privatizações já pediu há muito o boné. Como produzir resultados num ambiente hostil como o constatado?

Acresce-se a isto a nefasta atuação da mídia decadente. Sempre se banqueteou com verbas públicas.  Com a supressão das verbas oficiais, garimpa notícias, cria factoides, fazem ilações, e constroem um ambiente de retaliação e de revanchismo, um ataque feroz e bem orquestrado. Quem não conhece essa estratégia de mídias venais? Se houvesse uma análise isenta da presente gestão, seria destacado o profícuo trabalho dos ministros Guedes, Tarcísio e Teresa Cristina, p.ex. Obviamente, oportunistas querem a desmoralização do governo. Há os que já têm candidatos, na certeza de que, se vencedores, voltam a mamar nas tetas federais.

Se verbas publicitárias estivessem jorrando, até mesmo a postura do Presidente, com relação à COVID-19, seria elogiada. Afinal, se levarmos em conta a população brasileira, a taxa de contaminação é de 3,6%. Em relação a total de contaminados, a taxa de mortalidade é de 2,7%. Deve ainda ser menor, pois se questiona que grande número de mortes se deu por outras morbidades. Até mesmo o estilo falastrão do Presidente seria reconhecido como excêntrico!

Publicado na revista Viver Brasil, edição digital, nº 240