Autor: Godoy

O ESTIGMA HUMANO

Não morrerão se comerem do fruto proibido, disse o Diabo, o Sedutor, camuflado de serpente. Pelo contrário, serão iguais a Deus. A soberba subiu à cabeça dos nossos pais e desobedeceram. Por isso, carregamos esse defeito moral como traço humano. É claro que Deus poderia ter passado um borracha naquela traição e os mantido no paraíso terrestre. Porém, pensou numa solução arrebatadora, pois ama de verdade as suas criaturas, ou seja, possibilitar-nos o paraíso celeste onde viveríamos em Sua companhia. Assim, desde os tempos remotos vinha prometendo o envio do messias para nos resgatar. Deus, Espírito perfeitíssimo, não sofre, não tem fome, não dorme. Como, então, avaliar o nosso vale de lagrimas? A solução foi enviar o seu filho, com alma divina e corpo humano, capaz de viver a nossa realidade, em tudo, exceto o pecado. Pregou o amor e a solidareidade como requisitos para merecermos a graça da salvação. Foi vítima da inveja dos poderosos e martirizado. No seu sofrimento, assumiu todas as nossas culpas e nos resgatou. Pela obediência de um só, destruiu-se o velho Adão, apagando a nossa culpa. Desde sempre, a humanidade vem pisando na bola, mas analisemos o nosso tempo. Um País dito cristão passa a ignorar os divinos ensinamentos, prova da persistência do estigma adâmico, e o materialismo cresce. Nos últimos 20 anos, implantou-se um dos períodos mais sombrios da nossa história. Sob...

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OBRA VIGOROSA – Editorial | Especial 7 Anos Aquila

Como sempre dizia meu saudoso pai, tudo é dom de Deus, é preciso dizer muito obrigado. Revisitando a nossa trajetória pioneira de introdução e difusão bem-sucedida da gestão no Brasil, é imperioso reconhecer a graça sobrenatural concedida. Somos humanos e limitados; se não formos inspirados pelo espírito, desanimamos e soçobramos frente às dificuldades. E foram muitas: institucionais (a universidade não é propriamente um ambiente amigável para quem quer interagir com o setor produtivo), a comunicação principalmente com parceiros estrangeiros (no início só pelo correio e telex!), uma economia fechada e sem moeda forte para contratar especialistas japoneses, entre outras. Na metalurgia da UFMG, realizamos a proeza de produzir centenas de teses de mestrado e doutorado para empresas, com trabalhos experimentais dentro das próprias usinas. Pelos trabalhos realizados houve remuneração, uma prática pioneira e muito criticada. Constatou-se que, para potencializar as conclusões das teses em resultados práticos, era necessário fazer a gestão dos processos, controlar as variáveis. Houve o despertamento para a gestão integral, das matérias-primas aos produtos finais. Naquela época, as medições eram rudimentares (composição, temperatura, pressão, entre outras) e “quem não mede não gerencia”. Como registrado em várias publicações e livros-textos, a nossa área de gestão se agigantou. Por meio da Fundação Christiano Ottoni (FCO/EEUFMG, durante 13 anos, captamos os conhecimentos, os adaptamos à nossa realidade e os difundimos em larga escala. Treinamos milhares de executivos, prestamos assistência a centenas...

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O FUTURO É EXPONENCIAL

Efêmero, de origem grega, significa algo que dura apenas um dia. A palavra parece representar a nossa realidade, tal a rapidez com que as coisas acontecem na atualidade. Rodrigo Godoy retornou recentemente de um curso na Singularity University, no Vale do Silício. O curso trata de inovações disruptivas que virão baseadas em um conjunto de tecnologias que, combinadas, mudarão para melhor a vida humana. Voltou entusiasmado com as possibilidades que se apresentam. No campo da gestão, a prática japonesa já pregava os conceitos de Kaizen( melhoria contínua) e Kaikaku (melhorias radicais). De acordo com a dinâmica atual de melhorias exponenciais, o Kaizen acaba ficando em segundo plano. É o Kaikaku que dita a regra do jogo. Uma consequência é a mudança radical do Planejamento Estratégico tradicional, em que as empresas ainda gastam tempo e energia elucubrando sobre o futuro. Como certamente aparecerão produtos, serviços e atividades impensáveis, o negócio é ter uma visão mais pragmática do mercado, planejar as poucas atividades prioritárias de curto prazo e realizar revisões periódicas da visão. Em termos de ensino, estamos formando os estudantes como se as coisas fossem estáticas. Porém, precisam estar “preparados” para profissões que ainda não existem. Então, deveríamos nos concentrar em fundamentos científicos imutáveis e estimular atividades voltadas à criatividade. Na medicina, propagam-se tecnologias revolucionárias, como o estudo do microbioma e a terapia genética, que podem elevar a média da...

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2O18, O ANO AUSPICIOSO

No início, pensei: o que vai ser 2018? Uma tragédia? O PT conseguiu estender seus tentáculos a todos os setores da sociedade. O Estado aparelhado; a mídia, até uma parcela da igreja católica( dá para entender bispos e padres marxistas?), as universidades e escolas públicas, setores importantes do judiciário infestados de militantes. Em 2013, Dilma Rousseff declarou que faria o diabo para ganhar as eleições e ganhou. Entendi que agora fariam o impossível para chegar à vitória. Tudo isto sob o comando de condenado Lula da Silva. A própria Dilma ( que falta de noção!), graças à manobra de Lewandowski, queria concorrer ao senado. Desenhava-se o pior dos mundos. Julguei que o País não aguentaria o script dos últimos 21 anos. Ultimamente, tudo levava a crer que os ensinamentos de Gramsci eram o itinerário da turma. Em primeiro lugar o caos ( fácil de atingir, pois estamos à beira do abismo), depois a tomada do poder e implantação do comunismo. Porém, o discernimento de grande parte da população prevaleceu. No primeiro turno, velhos políticos e muitos administradores incompetentes foram massacrados. O PSDB e MDB perderam representatividade. Enganei-me, num artigo, quando chamei FHC de estadista. Hoje, julga-se uma espécie de dono da verdade, aparentemente senil. Reconheço também que ele foi o iniciador de todo esse movimento, socialista ateu que é. Infelizmente, alguns representantes da velha política sobreviveram. Pelo número reduzido,...

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TEM QUE SER AGORA*

    Em 2014, a McKinsey liderou um estudo sobre o Brasil intitulado “Visão 2030”, um dos mais completos sobre a nossa realidade.  Estabeleceu que, a fim de atingir o patamar socioeconômico de um país mediano da Europa em 2030, como Portugal e Polônia, o País precisaria, entre outros desafios, crescer de forma consistente 5% ao ano, em média. A recente revisão do estudo mostrou que o Brasil, não só não evoluiu, como retrocedeu, aumentando ainda mais a lacuna em relação aos países citados.  A renda per capita do brasileiro desabou 9% no período e ficamos mais pobres. Os indicadores como o teste do Pisa, a produtividade e a competitividade estão em declínio ou estagnados. Acresce-se a isto a péssima infraestrutura, degenerada ao longo do tempo (é um dos fatores preponderantes para alavancar o desenvolvimento). A insegurança física (62 mil assassinatos/ano), jurídica e política dificultam o investimento externo, fundamental, em vista de termos poupança insuficiente.   A revisão do estudo em questão é finalizada com a famosa frase de Albert Einstein: “É insanidade fazer as mesmas coisas e esperar resultados diferentes.” De fato, não dá para perseverar nos erros cometidos. Apostamos em um suposto Estado provedor de bem-estar social, baseado em altos tributos para manter benefícios sociais e uma estrutura governamental pesada, ineficiente e corrupta. O resultado foi um forte déficit nas contas públicas nos últimos anos e aumento...

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