Que renasça a esperança

A situação do Brasil é deprimente. O grupo que o governa há 13 anos formulou um único projeto, permanecer no poder. O poder pelo poder, pois não esboçou sequer um conjunto coerente de medidas para o País continuar a desenvolver-se. Exceção feita ao bolsa família, alguns programas foram sacados da cartola, improvisados, para atender a conveniências. É claro que, para o projeto de poder imaginado, eram necessários vultosos recursos. Para isso, implementou-se o mais abrangente esquema de corrupção, envolvendo o setor público e privado, numa promiscuidade nunca antes vista. Além disso, a incompetência gerencial fez com que o País mergulhasse na mais grave crise. Devido a erros crassos na economia, tem-se a estagflação, o desemprego, a falta de credibilidade, a dívida atingindo patamares preocupantes. Recentemente, praticou-se o calote eleitoral: sob o regime da mentira, pintou-se um quadro cor-de-rosa, em que tudo ia muito bem. Como a realidade era bem outra, tem-se agora um governo desmoralizado, sem as mínimas condições de atuar para sanar a crise. Em vista da gravidade dos fatos ocorridos, com a complacência e aprovação do governo, vários pedidos de impedimento da Presidente foram formulados, sendo que um deles está em discussão no momento. O governo luta com todos os meios possíveis e inimagináveis para que o impedimento não prospere. Ora, se tudo transcorre dentro de preceitos constitucionais, a defesa deveria ser feita também dentro de tais...

Leia mais

Somos humanos

Marco Aurélio (Caesar Marcus Aurelius Antonius Augustus) foi imperador romano e filósofo. Ciente da realidade: memento, homo, quia pulvis es et in pulverem reverteris (Lembra-te, homem, que és pó e em pó te tornarás), ao caminhar por entre os comuns do povo, nos mercados populares, tinha um criado cuja única missão era caminhar ao seu lado e sussurrar no seu ouvido “você é apenas um homem”. Isto o mantinha com os pés no chão, livrando-o dos elogios e bajulações que recebia. Como esta lição seria bem-vinda para tantas pessoas que andam por aí e se julgam deuses. Uns acham que são, outros têm...

Leia mais

97º aniversário do 12º BI

  No dia 12 de abril foi comemorado o 97o. aniversário de criação do “Doze de Ouro”, atualmente sob o comando do Ten. Cel. Laurence Alexandre Xavier Moreira. O Batalhão criou a categoria de “Soldado Ilustre” para homenagear soldados que lá serviram e se destacaram em suas atividades civis, posteriormente. Em 2002, tive o privilégio de ser agraciado com este título. Para a celebração do 97o. , recebi o gentil do Com. Laurence para estar presente à cerimônia. Foi um acontecimento muito agradável e que me trouxe boas recordações. Impossível não me transportar ao passado ao primeiro toque da banda no início do desfile e não ficar emocionado. Foi ótimo ver o preparo da tropa, o seu garbo e entusiasmo. Depois do desfile da tropa, o Comandante convidou a todos os que tinham passado pelo Doze a também desfilar. Foi o que fizemos, de general a saldados e mostramos que estamos “em...

Leia mais

Honestidade na Inglaterra

Choque de valores viveu, na Inglaterra entre 2009 e 2010, o meu filho Rodrigo Godoy, quando cursava uma pós-graduação. Além da experiência acadêmica, a vivência cultural em uma sociedade mais avançada foi muito benéfica e um reforço para as convicções dele. Cito um destes choques de valores culturais benéficos: ao sair de um táxi, ele acabou deixando seu telefone celular no veículo. Como bom brasileiro, ligou para o próprio aparelho e, sem resposta, deu o telefone como perdido. No dia seguinte, chega aqui ao Brasil um SMS do taxista – endereçado ao número da Maria Helena, o último discado pelo Rodrigo – dizendo que “seu amigo deixou o celular no meu táxi”.   Maria Helena e Raquel Godoy, mãe e irmã do Rodrigo, respectivamente, responderam, dizendo que estavam no Brasil e que o Rodrigo entraria em contato com ele. Discutiram antes como deveria ser a forma  de reconhecimento por tal gentileza do taxista. Concordaram que poderia presenteá-lo com uma camisa da seleção brasileira. O Rodrigo contatou com o taxista e, meio receoso, foi ao encontro dele. Lá estava o cidadão  com o telefone. Ao receber a camisa da seleção,   ele ficou meio  desconcertado  como se não fosse devida aquele presente. Um contraponto: recentemente, o mesmo Rodrigo me relatou o seguinte caso: ele e esposa passaram uns dias no Rio de Janeiro e lá tomaram táxis comuns da cidade. Certa...

Leia mais