A educação continua patinando

Quando começamos a difundir a gestão para melhoria de resultados na educação, houve grande resistência por parte de dirigentes e professores. É próprio da metodologia identificar  problemas( maus resultados),  como repetência, abandono e  também baixo desempenho dos aprovados, no mercado de trabalho e no acesso a universidades, e estabelecer metas de melhoria. Havia verdadeira ojeriza a metas e diziam, p. ex., que a escola não era para preparar os alunos para os fins acima. Era  sua obrigação formar cidadãos.  Discorrendo sobre habilidades não cognitivas, como direitos e deveres, regras de convivência, politização de alunos?  Eu me perguntava: que tal fazer isso e também ensinar a ler,  escrever,  a dominar as quatro operações e outras matérias importantes do currículo? Poderiam, então, os egressos exercer a sua cidadania. O estabelecimento de metas ficou amenizado depois que o MEC criou o IDEB, fixando-as para serem atingidas até o ano 2021.  Os resultados têm sido pífios, pois não basta  dizer o “que fazer”. Ainda saem da escola muitos analfabetos funcionais. Mesmo assim, as pequenas melhorias são comemoradas triunfalmente pelos governos federal e alguns estaduais. É  preciso ensinar  o “como fazer”, analisando e atacando  as causas dos maus resultados. Recentemente, veio à baila nova ênfase  ao desenvolvimento  na sala de aula de  habilidades  não cognitivas, entre as quais a disciplina, abertura a novas experiências, sociabilidade, colaboração e estabilidade emocional. Há quem defenda que são...

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Aumentar a produtividade é preciso

Para sermos competitivos é necessário aumentar a produtividade, ou seja, fazer mais com o mesmo ou com menos.  Em empresas que fizeram um bom “para casa” no passado, há oportunidades em torno de 20%: é preciso  reduzir  custos, combater  desperdícios e falhas e proceder a atualizações tecnológicas. Devido a fusões, aquisições e aposentadorias, houve perdas de pessoas capacitadas  na área de gestão. Pessoal treinado na década de 90 não está sendo reposto; não tem havido a mesma atitude  daquele período. Todavia,  entraves maiores estão fora das organizações, tais como logística precária, burocracia, falta de planejamento e gastança do governo, mobilidade urbana, corrupção, carga tributária,  justiça morosa, entre outros. Empreender no País é uma tarefa que requer idealismo e determinação, pois o Brasil não é  amigável para esta atividade. Em determinados países, as pessoas são bem-vindas, ajudadas, festejadas por tais iniciativas. Afinal, se propõem a criar empregos e movimentar a economia. Tributa-se o lucro. Aqui, ao contrário, depara-se com forte burocracia para colocar  uma empresa em funcionamento. No primeiro faturamento, já  há tributação. Em determinados segmentos, o empresário é mal visto e considerado com explorador de recursos naturais e humanos. Quem não sofreu ainda algum tipo de fiscalização? Depois de muita truculência, verifica-se que tudo está  correto, mas os constrangimentos ficam. Imaginem, se houvesse irregularidades! Normalmente, gastam muito tempo, dias, meses, fiscalizando quem conduz as coisas de forma transparente. Deveriam...

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A arte de engambelar as pessoas

Para ocupar cargos públicos, deveria ser um imperativo conhecer conceitos básicos de gestão. E isto pode ser facilmente conseguido com um treinamento de 24 h.aula. A falta de tais conhecimentos acarreta equívocos imperdoáveis. Há pessoas que não sabem sequer o que é um problema. Como “gerenciar é também resolver problemas”, a maioria dos dirigentes nunca vai desempenhar bem as funções. Define-se problema como o mau resultado de um trabalho. Exemplo, os resultados nas áreas de educação e saúde são péssimos. Todavia, se forem feitas perguntas a respeito de  problemas da área da saúde a atuais dirigentes, vão prontamente responder que é falta de médicos. Ora, o resultado que se espera da área é um bom atendimento, eficácia nos tratamentos, entre outros. Ter muitos médicos não é o objetivo fim da área. Médicos podem ser causa de maus resultados, assim como vários outros fatores.  Logo, gerenciar é identificar problemas, fazer detida análise das causas (são muitas!) que acarretam os maus resultados, hierarquizar as causas (felizmente, o Princípio de Pareto ensina que  poucos são vitais e muitos triviais),  construir um plano de ação e atacar de foram sistemática e persistente as causas importantes. Já vi a atuação de médicos em comunidades carentes. Enviados por uma empresa estatal, visitavam uma vez por mês acampamentos de trabalhadores.  Não havia recursos  para fazer diagnósticos.  O jeito era prescrever algo que pudesse fazer bem, sem...

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O tempo passou…

Aprovada a MP dos Portos; abertas licitações para  obras  da BR 381(trecho  BH-GV); autorizada a ampliação do Aeroporto de Confins.   A BR 381 resistiu durante 40 anos, ocasionando enormes prejuízos ao País e perdas irreparáveis de vidas.  Confins  causa transtornos e prejuízos aos usuários.  O escoamento da safra foi uma tragédia. Estradas(???) em péssimas condições  e, para piorar, formaram-se filas quilométricas de caminhões nas proximidades dos portos, causando aumento de custo dos produtos. As ações anunciadas fariam parte de um processo rotineiro, em um planejamento robusto que apontasse   prioridades. Esses processos  e outras obras  devem arrastar-se por muito tempo para conclusão, tal a  defasagem em infraestrutura. Deveriam ter sido iniciadas há 10 anos, pelo menos. Vivemos o caos, produto do improviso e  da falta de investimento  no período de bonança, proporcionado pela exportação de commodities a preços elevados. Entre nós, rotulam-se pessoas facilmente. A presidente  é rotulada como “gerentona” . Se o fosse, teria um plano, um conjunto de projetos  prioritários, pelo menos, para os quais estabeleceria metas? Gerenciar é atingir metas. Quais metas? Dizem que é centralizadora,  que quer conhecer os projetos que vão surgindo do atual improviso e nada é feito sem  sua aprovação. O gerente não tem que conhecer  detalhes técnicos. Basta saber o mérito e objetivo dos  projetos,  quais as metas a serem atingidas e cobrar a execução obsessivamente.  Rituais de gestão e  tecnologia de...

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