Pontualidade
Uma das coisas que culturalmente mais me incomodam no Brasil (agora não tanto, pois já caí na real) é a questão da não pontualidade. Em várias ocasiões fiz um esforço hercúleo para estar presente em certos eventos no horário e, às vezes, tive que esperar longo tempo para que se iniciassem. Sou incorrigível. Prometo a mim mesmo que na próxima oportunidade vou chegar pelo menos meia hora atrasado. Não aprendo. De novo lá estou eu. Também pudera. Fui formado por dois excepcionais gestores. Meu pai, fazendeiro, comerciante, reflorestador, me exigiu muito cedo assumir multitarefas. Tudo com prazos bem determinados. Foi ele para o céu no início deste ano, depois de 92 anos bem vividos. Fiquei na fazenda até os 15 anos. Em BH, para prosseguir os estudos, também comecei a trabalhar com meu tio Geraldo Godoy Castro, de quem tenho também muita saudade, logo no segundo dia. Ele contribuiu fortemente para a minha formação. Homem meticuloso, exigente, sabia motivar, elogiar e também apontar as falhas, sempre em particular. Depois destas experiências edificantes, em que responsabilidades, prazos, horários, tinham que ser assumidos, não poderia eu relaxar os meus procedimentos daí em diante. Além disso, passei por dois testes que aperfeiçoariam minha conduta: na Noruega e com especialistas japoneses (que nos assistiram na UFMG). Estava cursando o mestrado no Rio de Janeiro, quando obtive bolsa de estudos do governo norueguês para...
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