MELHORANDO RESULTADOS NA EDUCAÇÃO

Se perguntarmos a uma pessoa que não domine  conceitos básicos de gestão, certamente ela dirá que é muito difícil melhorar os resultados da educação porque existem muitos problemas. Errado! Problemas são maus resultados da atividade fim e, na educação, é a aprendizagem. Assim, temos, de fato, três problemas: evasão, repetência e baixo desempenho da grande maioria dos alunos aprovados, que o fazem com a nota mínima. Todavia, se perguntarmos se existem muitos fatores que acarretam os problemas, os maus resultados, e a pessoa responder que são inúmeros a resposta estará correta. De fato, os fatores são numerosos e os classificamos como causas dos maus resultados. Mas isso não nos impossibilita de trabalhar para melhorar os resultados. Felizmente, há o Princípio de Pareto que nos diz que são poucas causas importantes e muitas triviais. É o Princípio 80×20, ou seja, as poucas causas importantes respondem por 80% dos problemas. Na implementação da GIDE AVANÇADA em 11 Estados, durante 22 anos, a FDG-Fundação de Desenvolvimento Gerencial constatou que as causas mais importantes que impedem a melhoria dos resultados da educação, principalmente pública, são recorrentes. Independentemente da região, 70% das causas são responsáveis pelos problemas. Em vista dessa constatação, foi desenvolvido o IFC/RS- Índice de Formação de Cidadania e Responsabilidade Social, um indicador que viabiliza um diagnóstico rápido do desempenho de determinada escola, que aponta as causas principais responsáveis pelos maus resultados....

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UM MOVIMENTO VIRTUOSO

No âmbito do Programa Gestão pela Aprendizagem/SEEMG, a FDG-Fundação de Desenvolvimento Gerencial está assistindo o ensino fundamental, em 1009 escolas, por meio da implementação da GIDE Avançada- Gestão Integrada da Educação. O objetivo é a melhoria dos resultados do ensino-aprendizagem, que deve ser o foco principal das escolas. A participação da FDG tornou-se possível graças a uma conjugação favorável de fatores: a Secretária Júlia Sant’Anna participou do nosso trabalho no RJ (ela fazia parte da equipe da SEE), quando atuamos no Estado em 2011, e produzimos ótimos resultados; devido ao firme propósito da Secretária e do Gov. Romeu Zema de melhorar os resultados da educação em MG, estabeleceu-se uma Parceria extremamente exitosa.  A FDG tinha uma trajetória de 20 anos, com atuação em 10 Estados, beneficiando cerca de 6 milhões de estudantes e capacitando 6000 dirigentes e docentes; deixou ótimos resultados que permanecem, até hoje, em alguns Estados. Porém, nunca tivera a oportunidade de fazer um trabalho mais abrangente em MG, apesar de tentativas com governantes anteriores.  De agosto/19 a abril/21, a FDG pôde contribuir de forma eficaz para condução e melhoria do ensino, inclusive na modalidade remota, como foi constatado pela pesquisa da FGV-Fundação Getúlio Vargas, em que MG teve um posição de destaque no ensino remoto. Resultados, depoimentos, reconhecimentos estão registrados no site www.fdg.org.br. Constatam-se o zelo, o engajamento e o entusiasmo dos dirigentes e docentes das escolas envolvidas no cumprimento dos...

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EM BUSCA DO “IMPOSSÍVEL”

Na edição no. 244,  foi publicado artigo de Rodrigo Godoy, intitulado “A pandemia ensina”. Abordou-se o poder atual de ação/reação da espécie humana frente a problemas de grande magnitude, como a COVID-19. De fato, quando a humanidade decide canalizar energia para solucionar problemas, o “impossível” acontece. Hoje, já temos um rol de imunizantes  em utilização e uma rede de tratamento em consolidação mundo afora, que nos dão esperança de uma solução definitiva. Precisamos absorver as lições oferecidas pela pandemia e agirmos com a mesma intensidade em outros problemas sociais que se arrastam há décadas. Em 2015, a ONU propôs um pacto global priorizando dezessete “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para 2030”. É um conjunto importante de problemas com o qual as lideranças não podem mais contemporizar. Um desses objetivos é a educação de qualidade. Muito antes do pacto global da ONU (na verdade, desde a década de 80), decidi me engajar no compromisso com a educação no Brasil, principalmente com a educação básica. É sabido que nossos índices educacionais são desastrosos, inclusive em comparação com outros países de menos relevância e recursos. Compreendemos que o problema é de grande magnitude, mas suas causas são básicas e contornáveis com ações simples, mas de grande impacto. Em escolas, redes municipais e estaduais onde conseguimos implementá-las, o resultado – aqui compreendido como o nível de aprendizagem dos alunos, verdadeira razão de existir do...

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A PANDEMIA ENSINA

Autoria de Rodrigo Coelho de Godoy Em dezembro de 2018, participei no Vale do Silício de um programa executivo junto a oitenta líderes de  vinte países. Aqueles dias me proporcionaram uma mudança radical de visão de futuro do mundo. A constatação mais instigante – e assustadora para muitos – foi que a espécie humana evoluirá mais em 100 anos do que evoluiu nos últimos 20.000 anos. Para comprovar tal afirmação, os especialistas correlacionaram as inovações que historicamente mudaram a humanidade (imprensa, energia elétrica, automóvel, aviação, etc.) e o intervalo de tempo entre elas. Torna-se inegável que o ritmo de transformação atual é exponencial. As inovações  são cada vez mais recorrentes e cumulativas, sobretudo impulsionadas pela revolução digital. Em meados de 2020, quando a OMS declarou a pandemia, meu sentimento inicial foi de que algo naquele futuro promissor havia “desandado”. Fomos confrontados com nossa fragilidade, à mercê de um novo e devastador vírus. Frente à triste mazela, o que estamos vendo é mais uma prova de que a humanidade possui hoje um poder de ação/reação “turbinado”. Pouco mais de um ano após a primeira contaminação, temos no mundo, não uma, mas quase uma dezena de imunizantes já desenvolvidos e em utilização. Ainda que experimentais, a maioria deles mostra um perfil de imunização satisfatório, amparado pelos resultados parciais, com efeitos colaterais isolados. Também merece destaque a evolução dos protocolos e a...

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