Não há como ser otimista
Em artigos recentes, demonstrei certo otimismo na melhoria do país e arrolei argumentos para justificar tal otimismo. Agora, vejo que a situação vem se deteriorando. A economia é um termômetro que mostra a evolução de indicadores. A inflação se eleva, o desemprego aumenta, a renda média do trabalhador cai, o investimento não vem, grande parte da população está endividada e a inadimplência cresce. Medidas macroeconômicas empurraram o Brasil para a crise, nunca antes vista neste país. É elementar: uma pessoa, uma família, uma empresa ou um país não pode gastar mais do que ganha ou arrecada. Entre nós, essa prática é negligenciada. Para pessoas e empresas, quando se atingem patamares insustentáveis, as consequências são dramáticas, resultando em apreensão de bens e falências. No país, a dívida pública aumenta a cada ano, podendo atingir valor insustentável. Ainda agora, reduziu-se a meta de superávit fiscal; jogou-se a toalha e não haverá poupança para pagamento de juros da dívida. Acho uma irresponsabilidade. Cadê o esforço do Executivo? Continuam 39 ministérios, milhares de cargos comissionados, nada de privatizar empresas estatais. Projetou-se, no início deste mandato presidencial, um arremedo de ajuste fiscal. Está incompleto, e o Congresso não ajuda a sair da crise. O citado ajuste só pune trabalhadores e empresas, principalmente. O Congresso tem criado novas despesas, como aumento do fundo partidário, retirada do fator previdenciário, auxílio-moradia para deputados, entre outros. A Grécia,...
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