UM ANO PERDIDO
Talvez até a década seja perdida, mas consideremos apenas 2018. No início do ano, havia indícios de retomada do crescimento, pois o comércio e a indústria exibiam indicadores favoráveis. Os desacertos do governo Temer, mais denúncias envolvendo o próprio Presidente, pré-candidatos à presidência sem as credenciais requeridas contribuíram para o desânimo abater-se sobre a nação. É preciso reconhecer também o papel do judiciário nesta crise. As Leis e as decisões devem ser obedecidas; no entanto, alguns integrantes deste poder, devido à militância partidária, tomam decisões descabidas, contribuindo para um clima de instabilidade. Por isso, é preciso combater o aparelhamento do Estado, principalmente no judiciário, sob pena de o País transformar-se numa Venezuela. Haja vista a rebeldia de juízes à reforma trabalhista. Assim, julgo que a situação atual não encontra precedentes na nossa história, pois imperam a crise que certamente vai nos levar à insolvência pela dívida pública colossal e crescente, a deficiente relação entre os poderes, o pessimismo e falta generalizada de entusiasmo. Também houve a greve dos caminhoneiros, que trouxe grandes distúrbios à atividade econômica. Mostrou a fraca governança do País, sem credibilidade para resolver tais demandas. Com isso houve o incremento da inflação e dificuldade na retomada da normalidade. O povo, que inicialmente apoiava a greve, acabou pagando a conta, como sempre. E veio a Copa do Mundo. No início, apenas 18% das pessoas estavam...
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