Olhem os ipês floridos
Recentemente, fui a São João del Rei para o funeral de uma pessoa querida. Como acontece nestas circunstâncias, ficamos tristes não só pelo infausto acontecimento como também pela saudade de pais, irmãos, tios que já nos deixaram. No trajeto, a mente volta ao passado revivendo as lembranças, num clima de reflexão e recolhimento entre os viajantes. A natureza é bela e muito inspiradora, destacando montanhas, vales, bosques ainda preservados. Um encanto para quem a curte! Era agosto. Comecei a me distrair vendo os ipês floridos. Ao notar os primeiros foi um encantamento incontido. Ao longo da estrada, para minha surpresa e deleite, vi centenas de árvores, cada uma mais bela que a outra. Árvore é uma maneira de dizer, pois, na realidade, eram verdadeiros sóis espalhados pelos campos. Fiquei meditando: se estou maravilhado com a natureza e com os ipês, como deve ser o Paraíso. Certamente, algo indescritível. Ora, dona Marta, a pessoa querida que iríamos homenagear, orar e recomendá-la a Deus, era uma mulher valorosa, trabalhou incansavelmente durante sua vida, criou uma família maravilhosa, foi dedicada aos seus e ao próximo. Só poderia estar na glória de Deus. Se a nossa crença é a ressurreição dos mortos, não seria possível, para uma pessoa tão especial, ser de outra forma: aproveitar as delícias do Paraíso. Algo tão deslumbrante que não dá para comparar com as belezas vistas ao longo...
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