TÍTULO DE PROFESSOR EMÉRITO AO PROF. TONINHO PERES

O Prof. Antônio Eduardo Crack Peres, conhecido por todos por Toninho Peres, é uma pessoa extraordinária. Inteligência privilegiada, dedicado, zeloso, de convivência fácil com todos os colegas, alunos, pessoas da administração e amigos. No último dia 3/5, foi-lhe outorgado o TÍTULO DE PROFESSOR EMÉRITO pela Escola de Engenharia da UFMG. Tive a satisfação de estar presente à cerimônia, em companhia do Prof. Carlos Bottrel Coutinho, também Emérito. Conheci o Toninho no Curso Pré-Vestibular José da Silva Brandão, que era conduzido na EEUFMG por um grupo de professores da Instituição. Eu tinha feito o científico à noite, no Colégio Anchieta, e precisava realmente daquele reforço par sanar  lacunas. Toninho cursava o 3o. científico do Colégio Estadual, na época o melhor colégio de Belo Horizonte, só para mentes privilegiadas e que dispunham de tempo e condições de preparação para passar nas provas de admissão naquele colégio. Ele frequentava as aulas, fazendo comentários isto eu já vi, já estou mais avançado nessa matéria, entre outros. Entendo que era só para ver o que estava acontecendo e ver o jeitão dos professores, sua preferências, pois vários deles contribuíam para a elaboração das provas do vestibular da Escola. Pelo domínio que tinha da matéria, em várias oportunidades saia mais cedo para assistir a jogos do Galo. Fizemos o vestibular no início de 1964 e fomos aprovados , com o objetivo de cursar Engenharia Metalúrgica....

Leia mais

VERDE QUE QUIERO VERDE

Lembro-me que a poesia também foi um instrumento para aprendizado do Espanhol, ainda no científico( hoje ensino médio), em 1963.Tempos idos e vividos. Vários poemas e textos foram estudados. Quem não ouviu falar do poema baixo de Federico Garcia Lorca?  Lorca, poeta e dramaturgo espanhol, morto aos 38 anos, vítima da Guerra Civil. O interessante es que después de años los siguientes versos no se perdieron de mi memoria.   Compadre, quiero cambiar mi caballo por su casa, mi montura por su espejo, mi cuchillo por su manta.   Pero yo ya no soy yo, ni mi casa es ya mi casa. Compadre, quiero morir decentemente en mi cama.   Para recordar,  eis todo o poema: VERDE QUE TE QUIERO VERDE Verde que te quiero verde. Verde viento. Verdes ramas. El barco sobre la mar y el caballo en la montaña. Con la sombra en la cintura ella sueña en su baranda, verde carne, pelo verde, con ojos de fría plata. Verde que te quiero verde. Bajo la luna gitana, las cosas le están mirando y ella no puede mirarlas.               * Verde que te quiero verde. Grandes estrellas de escarcha, vienen con el pez de sombra que abre el camino del alba. La higuera frota su viento con la lija de sus ramas, y el monte, gato garduño, eriza sus pitas agrias....

Leia mais

CÍRCULO VICIOSO

Continuando a publicação de poesias aprendidas nas aulas de Literatura, destaco abaixo a genial criação de Machado de Assis. Apesar de aluno do curso noturno, encantei-me com  Machado de Assis e li quase toda a sua obra. A poesia reflete, na verdade, a eterna insatisfação humana. A maioria nunca está contente com o que é e com o que conseguiu na vida. O jardim do vizinho é sempre mais verde.   CÍRCULO VICIOSO Bailando no ar, gemia inquieto vagalume: “Quem me dera que eu fosse aquela loira estrela Que arde no eterno azul, como uma eterna vela!” Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme: “Pudesse eu copiar-te o transparente lume, Que, da grega coluna à gótica janela, Contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela” Mas a lua, fitando o sol com azedume: “Mísera! Tivesse eu aquela enorme, aquela Claridade imortal, que toda a luz resume”! Mas o sol, inclinando a rútila capela: Pesa-me esta brilhante auréola de nume… Enfara-me esta luz e desmedida umbela… Por que não nasci eu um simples...

Leia mais

HÁ CAMINHO

ANTONIO MACHADO,  celebrado poeta espanhol, afirma que não há caminho e que ao andar se faz o caminho. Nós cristãos sabemos que há o caminho. Jesus disse: EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA. SÓ SE VAI AO PAI POR MEIO DE MIM. Não obstante, temos abaixo um belo poema de Machado.   Cantares (Antonio Machado) Tudo passa e tudo fica porém o nosso é passar, passar fazendo caminhos caminhos sobre o mar Nunca persegui a glória nem deixar na memória dos homens minha canção eu amo os mundos sutis leves e gentis, como bolhas de sabão Gosto de ver-los pintar-se de sol e grená, voar abaixo o céu azul, tremer subitamente e quebrar-se… Nunca persegui a glória Caminhante, são tuas pegadas o caminho e nada mais; caminhante, não há caminho, se faz caminho ao andar Ao andar se faz caminho e ao voltar a vista atrás se vê a senda que nunca se há de voltar a pisar Caminhante não há caminho senão há marcas no mar………… (Tradução de Maria Teresa Almeida Pina) Cantares (Antonio Machado) Todo pasa y todo queda, pero lo nuestro es pasar, pasar haciendo caminos, caminos sobre el mar. Nunca persequí la gloria, ni dejar en la memoria de los hombres mi canción; yo amo los mundos sutiles, ingrávidos y gentiles, como pompas de jabón. Me gusta verlos pintarse de sol y...

Leia mais