O dedo que faz a mágica
No Brasil, além do jeitinho, há o costume de se tentar conseguir as coisas sempre com o menor esforço. Em vez de aprenderem, algumas pessoas querem de imediato o ”dedo que faz a mágica”. Vi este tipo de episódio acontecer várias vezes em minha trajetória. Em 1993 o nosso movimento pela qualidade já era um grande sucesso. Tínhamos treinado cerca de 150 mil executivos. Empresários e políticos chegavam a fazer lobby para conseguir vagas nos nossos treinamentos. A disputa era tão acirrada que o tamanho ideal de uma turma era de 80 pessoas, mas tive que de aceitar até 135 participantes por turma. De fato, não era o ideal, mas considerei que era estratégico fazer isso pensando nos benefícios para o País. Também, a assistência técnica a empresas para implementação do método de gestão já era uma realidade. Àquela altura, devido ao vulto que alcançamos, muita gente queria saber o segredo do nosso sucesso. Muitos pensaram que a chave de tudo era a nossa parceria com a JUSE-União Japonesa de Cientistas e Engenheiros. Executivos de organizações nacionais que pretendiam copiar a nossa atuação lançaram-se à empreitada de buscar a mesma parceria que tínhamos com os japoneses. Uma importante organização do Rio Grande do Sul convidou o Sr. Junji Noguchi, diretor executivo da JUSE, para ser um dos palestrantes no congresso anual que promovia. Seria um bom momento para cooptá-lo. Outra organização paulista, usando influência política, buscou...
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